Existem coisas que não devemos desejar. Existem coisas que não devemos experimentar. Existem coisas que devemos deixar para os outros. Existem pessoas assim. Existem pessoas que são o nosso veneno, doce veneno. Bebemos às gotas, em pequenas porções, na esperança de nos tornarmos imunes. Mas na realidade ficamos embriagados e nunca imunes. Percebemos que é fatal mas mesmo assim aumentamos a dose a cada dia que passa.
Tu és o meu veneno. Nunca deveria ter-te desejado. Nunca deveria ter-te experimentado. Deveria ter-te deixado para os outros. Tu és o meu veneno, doce, embriagante, fatal.
Se me perguntares como tudo começou acho que não vou conseguir explicar-te. Ridículo, dirias tu. Ridículo, essa expressão que ouvi tantas vezes da tua boca. É ridículo, mas é a verdade. Mas se perguntares se eu sabia como iria acabar é mais fácil. Eu sabia que estávamos condenados. Porém isso não me travou a vontade de provar o sabor do teu veneno. Estávamos condenados porque a luta entre o veneno e o envenenado tem que ter um fim. Ou cessa o veneno ou sucumbe o envenenado.
Tu cessaste, foste embora, eu sucumbo, não ao teu veneno mas ao ritmo da longa ressaca que a tua ausência me provoca. Os restos do teu veneno ainda percorrem o meu corpo mas o que resta não acalma o meu desejo. Sinto uma febre que escalda, os meus olhos ficam baços, a boca seca, tremores e suor percorrem o meu corpo, não consigo dormir.
Se ao menos eu pudesse provar só mais uma vez. Só mais uma. Estou a suplicar como um drogado que pede a ultima dose antes de uma desintoxicação. Não podes recusar. Depois deixo-te partir. Depois afasto-me. Depois desenveneno-me de ti.
Tu és o meu veneno. Nunca deveria ter-te desejado. Nunca deveria ter-te experimentado. Deveria ter-te deixado para os outros. Tu és o meu veneno, doce, embriagante, fatal.
Se me perguntares como tudo começou acho que não vou conseguir explicar-te. Ridículo, dirias tu. Ridículo, essa expressão que ouvi tantas vezes da tua boca. É ridículo, mas é a verdade. Mas se perguntares se eu sabia como iria acabar é mais fácil. Eu sabia que estávamos condenados. Porém isso não me travou a vontade de provar o sabor do teu veneno. Estávamos condenados porque a luta entre o veneno e o envenenado tem que ter um fim. Ou cessa o veneno ou sucumbe o envenenado.
Tu cessaste, foste embora, eu sucumbo, não ao teu veneno mas ao ritmo da longa ressaca que a tua ausência me provoca. Os restos do teu veneno ainda percorrem o meu corpo mas o que resta não acalma o meu desejo. Sinto uma febre que escalda, os meus olhos ficam baços, a boca seca, tremores e suor percorrem o meu corpo, não consigo dormir.
Se ao menos eu pudesse provar só mais uma vez. Só mais uma. Estou a suplicar como um drogado que pede a ultima dose antes de uma desintoxicação. Não podes recusar. Depois deixo-te partir. Depois afasto-me. Depois desenveneno-me de ti.
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